A vida por um fio

A PEC 181, chamada de Cavalo de Troia é a proposta de Lei que proíbe o aborto legal, mesmo em casos de estupro no Brasil. Para isso acontecer, teria que mudar a concepção de vida e de quando ela começa para os seres vivos.

A manobra em curso no Congresso Nacional é organizada por deputados, em sua maioria representantes de comunidades religiosas. O texto base da proposta não menciona aborto, mas sim o mistério da origem da vida. Os deputados querem mudar a constituição federal de 1988: Com isso a vida começaria no início da fecundação entre um óvulo e um espermatozoide , tendo que mudar até os livros de biologia nas escolas e um conceito criado na sociedade sobre a vida e quando exatamente somos considerados seres vivos e pensantes.

Nos países e cidades que o aborto foi descriminalizado, as taxas diminuíram. Isso mesmo, mas é algo natural. É como no Uruguai com a criminalização das drogas que os índices diminuíram de tráficos e de usuários. Nesse caso as mulheres se sentem seguras em qualquer caso, principalmente de violência sexual. Podendo ter um suporte maior para projetar o futuro e prevenir o presente tendo como base o aborto como seguro.


No Brasil entre 2011 a 2014 os casos de estupro aumentou sendo 846 em 2011 e 933 em 2014, sempre mantendo uma constante. O mesmo acontece com os números de aborto no país. Eram 1495 em 2011 e 1600 em 2014. Um dos maiores argumentos dos defensores do aborto é a violência sofrida pela mulher diariamente. No brasil acontece um estupro a cada 11 minutos, principalmente em mulheres até 19 anos. Em casos de abuso infantil a psicóloga Alessandra Araujo comenta: “Na maioria dos casos, a criança permite que um pai, um tio, um irmão a abuse sexualmente porque esse abusador mostra isso como uma demonstração de carinho”.


Os grupos defensores do aborto afirmam que a mulher tem o direito ao seu corpo, que no Brasil existe o aborto ilegal, então: “as mulheres ricas abortam enquanto as mulheres pobres morrem” conta Beatriz Benetti. Cerca de 8,7 milhões de mulheres com idade entre 19 a 48 anos realizam o aborto, mesmo sendo uma pratica não autorizada (fonte: dados IBGE). O aborto clandestino fica sendo a quinta causa de morte materna. Ao todo, 181 mil mulheres foram atendidas no SUS por complicações de abortos clandestinos(Fonte: Ministério da Saúde)


A pergunta mais importante é: O que estamos defendendo na verdade no Congresso Nacional?



Criação dos gráficos, Fontes e análises dos dados

Os gráficos foram feitos no Fusion Tables a partir da análise dos dados recolhidos nos sites do SUS (Sistema Único de Saúde) e no TJRJ (tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). Para analisá-los, utilizamos a função de correlação, média e desvio padrão no Excel, onde pudemos perceber a forte influência de um dado em relação ao outro.

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